Advocacia do ´bem-estar´
- Corazza,Mancuso&Margonari
- 21 de fev. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 29 de jul. de 2024
A era do bem-estar chega à Advocacia e traz mais saúde às pessoas
É só falar em ´processo judicial´ que nos vem à mente as palavras ´briga´, ´discórdia´, ´desgaste´, ´ofensas´, ´morosidade de tempo ´, custos e riscos.
E, na maioria das vezes, é esta a realidade e os sentimentos que as pessoas vivenciam quando desejam levar ao Poder Judiciário uma ofensa a um direito seu.
Em uma disputa, por certo há dissenso. Mas, não necessariamente isto precisa ser regra. Quando as partes litigantes optam por encerrar uma disputa firmando entre si um acordo ganham muito mais do que se ´vencessem´ numa ação judicial.
A grande questão é: O que é ´vencer´ uma ação judicial?
Vencer significa, literalmente, ter para si a decisão judicial? Vencer é não perder? Vencer é empatar? Significa advertir à parte adversa para que não mais cometa a injustiça? Ou vencer poderia ser encarado como uma certa ´paz de espírito´ por ter – independentemente do resultado – terminado uma ação?
É aí que entra o conceito na atuação advocatícia de ´bem-estar´ do cliente.
O tal ´bem-estar´ das pessoas é febre em tempos de pós-pandemia e está no centro da concepção de diversas áreas profissionais: desde o design de moda até o replanejamento dos lares e bairros.
O estilo de vida de grande parte da população foi impactado não só pela pandemia e pela percepção temporal de que a vida é realmente finita, mas também pela busca desenfreada de produtividade, eficiência e velocidade.
Um planejamento ponderado, pontual, de como se dará a atuação advocatícia – levando em conta tal premência da sociedade – é fundamental. Obrigatório, na verdade.
Um processo judicial que estimule um ´estilo de vida´ mais saudável, que não estresse ainda mais os litigantes e, que foque para um futuro mais próximo possível à solução de seu problema é essencial para inserir qualidade de vida no dia a dia do cliente.
E a despeito dos críticos de plantão, todos ganham com um processo menos litigioso possível: as partes litigantes, o advogado e o próprio sistema judiciário já que a SATISFAÇÃO dos litigantes – uma vez alcançada – beneficia a todos: menos tempo em um litígio é mais tempo de vida, com bem estar que se adquire.
Neste aspecto o contencioso deixa de ter relevância, isto é, a conciliação e outras formas de composição ganham maior espaço, o que já acontece nos dias atuais, estimuladas pelo Judiciário, que desde 2015, permite a arbitragem, o acordo na solução de um conflito e, determina a finalização das ações em prazo razoável, conforme o Código de Processo Civil.
Hoje, acredita-se que o BEM-ESTAR – e não a quantidade de dinheiro que se possa ter - está se tornando o novo luxo, o novo almejado sonho.
E o conceito de SUSTENTABILIDADE cresce de forma expressiva e exponencial na construção civil, na indústria da moda, e por que não também no Direito?
O conceito de ´sustentabilidade´ no Direito é a tendência de que as vias processuais não sufoquem o bem-estar e o próprio sentimento de ´direito´ da pessoa mas, ao contrário, incentivem hábitos mais conscientes, tendo-se em mente as perdas, os ganhos, a justiça e a celeridade no processo, visando o bem-estar de todos.
Está na hora de começar a tratar o processo de um cliente como um INVESTIMENTO AO SEU BEM ESTAR e à sua saúde e, não apenas financeiro.
Inúmeras são as formas de solução de conflitos: conciliação no próprio processo, arbitragem e da mediação, ferramentas processuais extremamente valorizadas nos dias de hoje que o Advogado capaz, ponderado, ético e inteligente tem em suas mãos.
Escrito por Sergio Mancuso e Andrea Abreu
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